Capoeira e a Mulher

Qualquer canto do mundo, onde não haja a presença feminina. As mulheres, com todo o direito, estão conquistando a cada dia, mais e mais espaço nesse universo que durante muito tempo foi predominantemente um espaço masculino.

A importância da mulher na capoeira vai muito além da graça e beleza que elas proporcionam a essa manifestação. A mulher sendo respeitada e valorizada numa roda de capoeira, garante que esse espaço seja cada vez mais um espaço democrático, onde a diversidade e a convivência harmoniosa entre os diferentes, significam um exemplo de tolerância e convívio social nesse mundo tão cheio de preconceitos e discriminações. Este exemplo é um dos ensinamentos mais importantes que a capoeira oferece às sociedades contemporâneas.

Além disso, a mulher é fundamental no trabalho de organização da capoeira. Não podemos pensar numa academia ou num grupo de capoeira, em que as mulheres não ocupem um papel estratégico nessa função. Talvez isso se dê pelo fato da mulher possuir essa capacidade de organização num grau mais desenvolvido que os homens, não sei. Só sei que sem as mulheres nessa função, a maior parte dos grupos de capoeira de hoje em dia não sobreviveriam por muito tempo.

Já temos também muitas mulheres com o título de “mestre” ou “mestra” de capoeira, como queiram. E são mulheres muito respeitadas no meio, que realizam trabalhos importantes e reconhecidos, apesar de ainda haver resistências por parte de alguns setores mais conservadores da capoeira. Mas é uma questão de tempo para que esse tipo de preconceito seja também superado.

Mas é bom lembrar que apesar do universo da capoeira ter sido predominantemente masculino, existiram muitas mulheres que deixaram seus nomes gravados na história da capoeiragem. Só para citar alguns nomes, a capoeira de outrora traz histórias impressionantes de valentia e destreza de algumas mulheres como:Maria Doze Homens, Salomé, Catu, Chicão, Angélica Endiabrada, Almerinda, Menininha, Rosa Palmeirão, Massú, entre muitas outras mulheres. Histórias que envolviam enfrentamentos com a polícia, brigas com navalha, e até mortes de valentões famosos como Pedro Porreta, que segundo algumas pesquisas indicam, foi de autoria da temida “Chicão”, conforme relatam jornais da época.

Vem jogar mais eu, mulher….vem jogar mais eu…que na roda de capoeira, o espaço também é seu !


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Maria Felipa de Oliveira  

 (Ou Maria Doze Homens?)
Maria Felipa de Oliveira foi uma lendária guerreira, que desempenhou um importante papel na Guerra da Independência do Brasil na Bahia do século XIX. Maria Felipa viveu na antiga Rua da Gameleira, na localidade de Ponta das Baleias. Como ele estava organizando a resistência à ocupação Português em Itaparica, atuou como voluntário em várias funções, como um guerreiro, batalhas de liderança, como enfermeira, ajudando os feridos em uma luta. Naquele momento, Maria Felipa usado para remar a canoa da Ilha de Itaparica para o velho a jogar Capoeira Cais Dourado. Durante o Rhodes, obteve informações sobre a evolução da guerra, e assim transimitirla o movimento de resistência em Itaparica.

Em 10 de junho de 1822, a Ilha de Itaparica foi invadida pelo Português, o comando do general Madeira de Melo. Seu plano era invadir a ilha para controlar a guerra da Baía de Todos os Santos. Maria Felipa levou um grupo de 40 mulheres, conhecido como Praia da vedet porque viajou para a aproximação dos barcos e canoas Português dos soldados que tentaram desembarque na ilha. Juntamente com a sua vedet, se infiltraram no acampamento do Exército, atacaram os guardas e atearam fogo a 42 navios da frota da Madeira de Melo.
 Outra ação que é atribuída a Maria Felipa Oliveira é uma oportunidade que veio corajosamente em defesa de uma antiga imagem de Nossa Senhora da Piedade. Esta imagem foi trazida para a ilha de Itaparica, pelo Visconde de Rio Vermelho. Esta foi a Virgem padroeira dos pescadores proctectora, marisqueiras e todos os pobres da ilha. Quando o Visconde de morrer, seus descendentes queria se livrar dessa imagem. Dizem que foi Maria Felipa com seus seguidores, que lutaram contra os soldados da polícia para impedir a senhora tirou os ilhéus. Hoje, a imagem da Santa é mantida, e é colocada sobre o altar da capela construída em sua honra.

Muitos afirmam que Maria Felipa de Oliveira é também o legendário capoeirista Maria Doze Homens, cujo nome foi dado porque é dito que ele lutou e venceu 12 homens. Algumas versões dizem que foi um dos Rhodes, que freqüentava o Cais Dourado, outros dizem ter matado 12 soldados Português. No entanto, existem aqueles que discordam de ser tratado na mesma pessoa. Alguns dizem que foi na hora Mangangá Besouro, que foi seu companheiro e professor de capoeira algumas mulheres como Maria Salomé. No entanto, esta última versão é confundido com um personagem chamado Doze Homens, que fazia parte da tripulação de capoeiristas Beetle. Jorge Amado foi baseado nele para criar o personagem em sua novela Rosa Palmeirão Mar Morto.

Se, de facto, excluídas as mulheres antes de Capoeira Mestre Bimba, as mulheres, independentemente de personagens históricas ou lendárias, consolidou o seu espaço desde o início. Exemplos de luta, coragem e determinação que servem como inspiração para as mulheres capoeiristas de hoje.